Exportações de
suco de laranja cresceram 26,6% na safra 2019/20
Informativos > Economia

28 de março de 2024 , às 08:12

As exportações brasileiras totais de suco de laranja entre o concentrado e congelado (FCOJ) e o pausterizado (NFC) aumentaram 26,6% nos seis primeiros meses da safra 2019/20, na comparação com o mesmo período do ano passado, para 648,75 mil toneladas. As informações são da CitrusBR, entidade que representa as três principais empresas exportadoras do país.

Em receita, a alta foi de 14% com um total de US$ 1,1 bilhão. Conforme o diretor da CitrusBR Ibiapaba Netto, a safra 2019/20 é uma das maiores dos últimos tempos e por isso existe a necessidade de as empresas reduzirem os estoques no Brasil.

“Exportação não é venda. Primeiro é preciso exportar para que depois a venda aconteça e como estamos nesse período de movimentação ainda não é possível saber o que é realmente movimentação de estoques e o que pode ser demanda, portanto, vamos aguardar os próximos meses e ver como as exportações se comportam”, diz o diretor da CitrusBR.

Para o seu principal destino, a União Europeia, os embarques de suco de laranja totalizaram 450,05 mil toneladas nos primeiros seis meses da safra, com alta de 36%. O faturamento somou US$ 775,3 milhões, 24% mais que no mesmo período de 2018/19. Para os EUA, foram 112 mil toneladas com faturamento de US$ 181,4 milhões, respectivamente, uma elevação de 1% no volume e uma queda de 11% na receita.

A China registrou uma alta de 82% nas importações de suco de laranja brasileiro no período, chegando ao volume de 26,87 mil toneladas. Em faturamento o incremento é de 29%, com US$ 38,6 milhões. Em 23 de dezembro de 2019 o governo chinês revisou algumas taxas de importação atendendo parcialmente pedidos da CitrusBR e do governo brasileiro.

A chamada “tarifa de temperatura”, aplicada a todo suco que importado a uma temperatura mais quente do que -18°C (dezoito graus negativos) exigia pagamento de 30% sobre o valor do produto. Dessa forma, exportadores eram obrigados a enviar o suco a temperaturas muito baixas o que incorre em custos de energia para refrigeração e outras questões logísticas.

“Vamos estudar os resultados práticos dessa nova tarifa, mas de qualquer jeito é uma excelente sinalização do governo chinês que mostrou sensibilidade aos pedidos das empresas associadas à CitrusBR e do governo brasileiro que foi fundamental nessa negociação”, avalia Netto.

FONTE: Valor Econômico