Suco de laranja
reforça imunidade, diz estudo
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28 de março de 2024 , às 15:36

Isso é o que aponta um estudo de revisão de 200 artigos científicos publicados nos últimos 20 anos sobre os benefícios do suco de laranja. Há, inclusive, evidências que o suco pode dificultar a entrada e a replicação do Sars-Cov-2 nas células do corpo humano.

Esses são os apontamentos do estudo “Effects of Citrus Fruit Juice and Their Bioactive Components on Inflammation and Immunity: a Narrative Review”, de Elizabeth Miles e Philip Calder, professores da Universidade de Southampton, no Reino Unido. O trabalho foi financiado pela European Fruit Juice Association (AIJN).

“Um sistema imunológico fraco aumenta a suscetibilidade a infecções e permite que elas se tornem mais sérias”, afirma Calder, professor de Imunologia Nutricional. Segundo ele, a vitamina C, o folato e o polifenol dos sucos cítricos melhoram a saúde imunológica e a inflamação, bem como aumentam as defesas contra bactérias e vírus.

Quando a inflamação é excessiva ou descontrolada, ela pode danificar os tecidos do corpo, às vezes de forma irreparável, e afetar a capacidade de combater infecções. “Ter uma dieta rica em alimentos e bebidas antioxidantes é uma forma de controlar a inflamação e garantir que o corpo possa criar uma resposta imunológica eficaz. Pesquisas e ensaios clínicos em humanos confirmam que o consumo de suco de laranja reduz a inflamação”, diz Calder.

Junto com a Dra. Elizabeth Miles, professora de Imunologia Nutricional na Universidade Southampaton, Calder estudou as pesquisas que abordam a vitamina C e o folato contidos nos sucos cítricos tendo papel importante na manutenção de barreiras imunológicas e no apoio à função imunológica de células. A revisão também discute os diferentes tipos de polifenóis contidos em sucos de frutas cítricas que incluem hesperidina, narirutina e naringina e seus efeitos anti-inflamatórios.

Coronavírus – Em decorrência da pandemia do novo coronavírus, a equipe cita evidências de estudos que sugerem que a hesperidina pode interferir na entrada de Sars-Cov-2 nas células hospedeiras. Possíveis mecanismos de ação apresentados incluem a capacidade da hesperidina de desestabilizar a interação entre a proteína Spike do vírus e o receptor ACE2 nas células hospedeiras.

Estudos adicionais in vitro identificam que a hesperidina, a hesperetina e a naringenina podem restringir a replicação viral, agindo por meio da inibição das principais enzimas envolvidas neste processo. A equipe da Universidade de Southampton defende que mais estudos sejam feitos nesse sentido para aprimorar o entendimento sobre o assunto.

Fonte: https://citrusbr.com