Pesquisadores do cinturão citrícola de São Paulo e Minas Gerais estão apostando em um controle biológico para o amarelão, também chamado de greening, que é uma das principais doenças da produção de laranja. Nesta região produtora, que é a principal do país, o greening cresceu 4,8% em um ano, de acordo com o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), que avalia o crescimento como pequeno, mas preocupante.
O amarelão é tão grave que já levou à erradicação de mais de 56 milhões de pés de laranja. Ele é transmitido por um inseto chamado psilídeo, que atualmente está se concentrando fora das grandes plantações de laranja. Diante disso, uma das estratégias do Fundecitrus está em tentar convencer quem tem plantas não comerciais de frutas cítricas a trocar por outras árvores frutíferas.
Quando isso não é possível, entra em ação o controle biológico feito com uma vespa, que tem o nome científico de Tamarixia radiata. Ela deposita os ovos na ninfa do psilídeo, que é a fase antes do inseto se tornar adulto. A larva da vespa se desenvolve dentro na ninfa e se alimenta dela até crescer. A ninfa parasitada morre e assim é interrompido o ciclo de reprodução do psilídeo.
Cerca de 3 milhões de vespas já foram soltas nos laranjais para começar o controlar o avanço da praga.
"O objetivo de toda essa ação é prevenir que o inseto produzido nessas plantas que não tem o manejo adequado da doença chegue nas propriedades comerciais e contamine as plantas comerciais”, afirma o pesquisador do Fundecitrus Renato Bassanezi.